terça-feira, 12 de julho de 2011

Meu avô, meu herói

Tempo, né, que não apareço por aqui.
Tanta correria, muitas novidades, descobertas, mas que tem ficado somente na memória, no coração.
Mas um fato marcou minha vida, a morte do meu avô.
Tem sido difícil e sinceramente não tenho vontade de fazer nada, só chorar. Pode me falar que não adianta, que o que resta é rezar, fazer orações, mas não dá. Não dá mesmo.
Está doendo demais essa partida. Eu sempre achei que isso não iria acontecer, mesmo sabendo que isso, com a idade dele (88), estava cada vez mais próxima.
Há pessoas que me consolam com conversar do tipo, ele descansou. Só que quem conheceu meu avô sabe que ele não era cansado, pelo contrário, era mais jovem do que muitos jovens. Era alegre, feliz muito mais do que qualquer pessoa que já conheci.
Esse foi o problema. Ele envelheceu o corpo, mas a mente era de uma juventude invejada. Meu avô não estava cansado e muito menos desistiu de viver.
Meu avô era a vida, era a felicidade, a alegria.
Eu não queria ficar assim, tão pra baixo, porque sei que ele não gostaria de me ver assim, mas está sendo difícil suportar,a imaginar que nunca mais vou fazer carinho em seus poucos cabelos, pegar na sua mão, ouvir suas piadas sérias.

Vou dormir, é isso o que me resta.
Quem sabe eu acorde desse pesadelo sem graça e doloroso.
Eu posso estar sonhando... Quem sabe isso não passa um pouco!