Chegou, jogou a bolsa no quarto e foi ver o que tinha para comer.
Sopa!
Voltou ao quarto e arrumou a cama como de costume: colocou as almofadas e retirou o travesseiro, pois o acha alto demais. Estendeu o edredom do lado azul, no quarto azul. egou um moleton e um camiseta, mas não resistiu ao pijama curto e azul. É, ela ama azul.
Pequenas frase ditas e troca de carinho com os sobrinhos.
Foi para o banho, se lavou do cansaço e da tristeza em ver os sobrinhos assim, ao léo; é, ela sabe que não estão ao léo, é que às vezes passa isso pela sua cabeça.
Saiu do banho já de pijama e esquentou a sopa feita como ela gosta: sem carne e com bastante legume.
E, sentando-se à mesa sozinha, pegou o pão e lembrou-se da avó que sempre fazia esse mesmo gesto ao tomar sopa. E, sentiu saudades, muitas saudades.
Tomou duas colheradas e pensou junto com o tic tac do relógio:
_ Vou ler algo. Pensou nos poemas, nos fanzines e até na biblia.
Num salto, levantou-se dizendo: _ Vou ler Quintana!
Saiu do seu mundinho sereno e atravessou a sala barulhenta e foi até o armário onde guardava os livros, e lá, junto com o Quintana estava o Pessoa; ficou na dúvida mas preferência é preferência: Quintana.
E leu um poema que falava de Deus.
Gosta do Quintana por isso, pela fé, pelo ser humano humano, um ser verdadeiro.
... tic tac do relógio...
... Quintana ...
Levantou-se, pegou mais um pouco de sopa enquanto o mundo acontecia na sala de tv.
Sentou-se a mesa novamente lembrando do dia de amanhã, o quanto seria corrido.
Uma colherada, tic tac e Quintana... e assim voltara para o seu mundinho sereno.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário