É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
a fohas de alecrim desde há muito guardadas
não se saber por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso a saudade para eu te sentir
como sinto - em mim - a presença vitoriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com teu retrato...
E eu tenho de fechar os olhos para ver-te!
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
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