sexta-feira, 9 de novembro de 2007

menina grávida...


a vida é minha, ora!
se não for, pára entao o mundo que eu quero descer....
engraçado essa mania do povo se meter na vida da gente. claro que hoje as coisas mudaram um pouco, mas ainda sempre ouço a pergunta imbecil: _e você, não vai casar? já nem perco tempo em responder, já dou logo um sorriso com a seguinte cara: _ ah, vai se phuder. é, com ph de pharmacia mesmo.
ontem, enquanto subia para a academia vi aquela menina grávida de novo. é, e acho que é do joão, um carinha que eu paquerava na rcc, tão lindo, tão fofo, tão intelectual... mas aí minha vida passou num relance e pensei: _e´, acho que não estou preparada para isso não. e olha que eu já estou com 31 aninhos nas costas.
toda mulher deseja em ter filhos, mas eu ? sei lá, me contento com os sobrinhos mesmo.
toda mulher quer se casar, mas eu? sei lá, a sensação de ter alguém me vigiando o dia todo e acordar com alguem do lado não me agrada e me assusta.
toda mulher quer alguém para te dar segurança, afeto, aqueles beijos suculentos e apaixonados e momentos de intenso prazer, mas eu? ah, isso eu quero sim, mas não com tanto compromisso, entende?
vi a menina grávida do 2º, 3º ou será 4º filho? e olha que ela é mais nova do que eu uns 03, 04 anos.
não sei se ela tem a vida melhor do que a minha, apesar dela ser mãe que já é uma dádiva, mas e os sonhos? e os estudos que ela gostaria de ter feito, as pessoas que ela poderia ter conhecido? ora, ela pode não ter querido isso mas e se ficou tudo perdido no caminho? e se ela não teve condições de sonhar? porque eu me lembro dela mais nova. é, ela fazia umas coisas que eu não aceitava, sabe. era meio galinha, fumava e tinha tatoo para parecer rebelde. ela já sonhava errado. para mim, na minha adolescência, rebelde era não aceitar as coisas que o mundo, a familia te impunham, era ouvir e entender a legião urbana, era ler livros que te mostravam ideais, era gostar de poesias, era ouvir rock, era tomar uns porres de vez enquando, e chegar mais tarde ainda que o horário imposto pela família. isso, na minha época era rebeldia, uma rebeldia sadia. hoje, vejo que está tudo mudado, ser rebelde é se drogar como todos, é ser igual a todos. antes, a gente nadava contra a corrente.
fiquei pensando na tal menina... na dureza da vida sem sonhos.

talvez eu tenha medo de encarar a realidade.
talvez eu seja sonhadora demais.
talves eu seja medrosa a ponto de zempre mentir dizendo que não quero me envolver.
não sei ao certo, mas Deus, eu ainda prefiro sonhar...

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