quinta-feira, 24 de julho de 2008

Dos heróis de carne e osso

Do post anterior foi que nasceu esse...
Meu vô, meu eterno héroi, meu rei.

O vô Tilé é o cara mais alegre e pra cima que conheci, mesmo já com seus 80 e tantos anos ainda trabalha, anda de bicicleta e vive com um sorriso sincero no rosto.
Olhando nele, sempre lembro da minha vó, já que viveram juntos 57 anos. É impossivel imaginar ele sem ela, mesmo com a ausência dela.
Quando minha vó morreu, demorei uns dias pra assimilar, porque minha vó era uma mulher forte, como minha mãe, só que mais boazinha.
E, meu avô é como meu pai, meu herói...

Lembro que quando criança, eu vivia penteando meu avô... hoje já não dá mais, porque como ele diz: _Agora posso andar de bicicleta tranquilo, porque o cabelo não cai mais nos olhos.

Uma vez ele foi atropelado por uma ambulância, e era quase fim de ano, eu ainda era uma criança, e no Natal ele não reconhecia mais ninguém, lembro que foi aquela correria. Passou o fim de ano se recuperando da cirurgia na cabeça. E a minha alegria era pentear o cabelo dele e ficar procurando o lugar da cirurgia. Esses dias eu fiz isso novamente...

Minha vó dizia que a alegria dele era quando nascia uma neta, ficava todo feliz e orgulhoso. Claro que se alegrava com os netos, mas com as meninas era um xodó e, é até hoje.

Às vezes, quando vai lá em casa, eu fico olhando ele e meu pai conversar, tomando cerveja e rindo à toa. Conta histórias do tempo em que era moço, quando era pracinha em São Paulo e descascava batata no exército e do tempo em que era garanhão, é, porque ele namorou minha tinha Aparecida e casou com a irmã dela (minha vó), ai eu sempre falo: _ Vô o senhor de português nao tem nada, hein... Espertinho!

Ah e como disse um dia a Isadora:
_ Ah... o vô Tilé é tão bonitinho!!!
Pra mim, ele é o mehlor avô do mundo, meu herói...

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